22 de janeiro de 2006

Para não dizer nada.

Tenho o desejo de escrever, mas não sei bem o que. As vezes tenho essas impulsões absurdas, sem qualquer nexo ou razão de ser. O fato é que as letras me chamam.
A Carolina, minha grande amiga, fez para mim uma comunidade no Orkut. Vejam só o quão me sinto feliz por saber que alguém gosta dessas palavras ajuntadas que eu desenho. Sim, por que escrever não passa disso. Um algo que se faz, que começa com uma letra maiúscula e termina no ponto final, no meio a gente joga idéias codificadas por palavras, as quais formam orações, e que culminam num texto.
A grande verdade sobre mim, teimo em revelar, mas falarei: a rigor não sou um escritor. Sou um criador de estórias, um contador de causos. Apenas utilizo o recurso das palavras como forma de externar aquilo que a minha cabeça insana cria. Sou um poeta medíocre. Até tento me enveredar pelos versos, mas eles os melhores surgem na hora errada: quando estou no metrô, assistindo futebol, escovando os dentes. E os versos são como balões de hidrogênio, se você não os amarra com palavras eles sobem para o infinito e nunca mais retornam. Por isso sou mais fiel e dedicado as minhas historias. Elas ficam no meu banco de dados memorial por anos e anos, podendo ser aproveitadas em várias situações.
Versos são como gatos, bonitos e atraentes, porém traiçoeiros. Historias são os cães fiéis que fazem o que eu mando e nunca se vão para longe. Para quem não tinha nada o que dizer, até que fiz algumas linhas e até desenvolvi algum raciocínio.