30 de junho de 2008

CAMINHOSOZINHO

Gotas de chuva
chovem meu caminho
onde sigo o destino
com você, porém sozinho

Não compreendo essa força
que me leva ao caminho
de pedras pontiagudas
onde me espeto, me firo sozinho

O sol que agora me encouraça
Alumia aquele tal caminho
Luz e calor desproporcionais
à sombra que vivo sozinho

E quando a lua se apresenta
para enluarar o meu caminho
Descubro a luz prata inóspita
que petrifica o coração sozinho

A morte é uma dádiva
para quem encerra o caminho
mas a vida ainda uiva
como um lobo para lua
já que ambos morrem sozinhos

Ressuscito-me a mim mesmo só.