Para os sonhos e pesadelos
há um orifício racional
onde o soldo da grande glória
e os resquícios dos deméritos
são registros de memória.
O que grava tua retina
é um vídeo-tape obrigatório
pois a maquina se despluga
mas o cérebro irredutível.
revê o que nunca muda.
Para esquecer é preciso sonhar
vislumbrar aquele novo horizonte
sem receio de alcançar
a sua própria água vital
e descansar numa só fonte.
Para esquecer é preciso ser escritor
e não escrivão de sua vida
tem de merecer a superação.
ao invés de deitar na lividez
procurando a memória já morrida
De morte matada...
Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
Copyright by P.C.Almeida. Todos os direitos reservados.
31 de dezembro de 2008
30 de dezembro de 2008
ENTRECÍLIOS
Esse olhar que fuzila
a pele de mormaço
rarefeita e tranqüila
desperta num estardalhaço
Esse olhar que cintila
cometa pelo espaço
e meu olho assimila
mas só enxerga o pedaço
Desse olhar que desfila
Passarelas passo a passo
Por um momento vacila
E o descaminho perfaço
Que o calor da tua pupila
desperte o desembaraço
Desse peito que oscila
Entre o teu e o descompasso
Penetras minh’alma.
a pele de mormaço
rarefeita e tranqüila
desperta num estardalhaço
Esse olhar que cintila
cometa pelo espaço
e meu olho assimila
mas só enxerga o pedaço
Desse olhar que desfila
Passarelas passo a passo
Por um momento vacila
E o descaminho perfaço
Que o calor da tua pupila
desperte o desembaraço
Desse peito que oscila
Entre o teu e o descompasso
Penetras minh’alma.
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