Desnuda de loucura
ela buscava sintomas
Algo para provocar a cura
Para seu corpo ainda em coma
E ele, mais que aflito
Queria ser a soma
Do hiato corpo hirto
a exalar um doce aroma
Ele, desejo
Ela, aridez
No mais louco ensejo
Seria estupidez.
Ela buscou na sua bolsa
Uma desculpa, um axioma.
Mas só achou um espelho
E seu rosto em rosa e croma.
Ele não perdoou-se facilmente
Ficou do amor o hematoma
De mordidas insolentes
Da calidez que não se doma
Perderam-se no destino
Até nunca mais...
Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
Copyright by P.C.Almeida. Todos os direitos reservados.
30 de março de 2009
22 de março de 2009
PRETÉRITO PERFEITO
Sei que um dia fui feliz
Que um dia já amei
Que um dia me satisfiz
Com o sonho que herdei
Mas o verbo que hoje conjugo
É o pretérito-mais-que-perfeito
E o que hoje eu vivo
Parece o resto de um sujeito
Com predicado infinito
De um gerúndio interrompido
Por acordar desse meu sonho
Onde me comprometi no infinitivo
Tenho a sensação de já ter vivido
Tudo o que a vida já me deu
Pareço já ter morrido
E apenas vegeto por não ser mais teu
Posso não ter mais a ti
Por conjugar tanto o passado
E parecer um anjo caído
Morto e condenado
A viver do passado
Hoje já não penso
Apenas lembro, lembro e... sonho
Que um dia já amei
Que um dia me satisfiz
Com o sonho que herdei
Mas o verbo que hoje conjugo
É o pretérito-mais-que-perfeito
E o que hoje eu vivo
Parece o resto de um sujeito
Com predicado infinito
De um gerúndio interrompido
Por acordar desse meu sonho
Onde me comprometi no infinitivo
Tenho a sensação de já ter vivido
Tudo o que a vida já me deu
Pareço já ter morrido
E apenas vegeto por não ser mais teu
Posso não ter mais a ti
Por conjugar tanto o passado
E parecer um anjo caído
Morto e condenado
A viver do passado
Hoje já não penso
Apenas lembro, lembro e... sonho
6 de março de 2009
APÓS VOCÊ
É o velho argumento
Na maneira de falar
De fingir o momento de ser
De fugir com os olhos secos
De aqui estar fingindo outro lugar
É o novo momento
De querer sempre você
Nem que seja por retrato,
Nem que seja por querer
Tua imagem no espelho
Espalhada pelo ar
Queria você passando o batom
Pra desperdiçá-lo todo em mim
E assim novamente viver contigo
Aquele sonho já morrido
Por parecer já tão antigo
Mas é do outro lado da rua
Que te vejo ir de costas
Com a bolsa a tira colo
Caminhar pro seu novo destino
Antes mesmo de escutar esse solo
(SOLO)
Mesmo sem saber como
A vida viverá sem um porquê
Mesmo sem saber como
Haverá vida após você
Ainda creio
Na maneira de falar
De fingir o momento de ser
De fugir com os olhos secos
De aqui estar fingindo outro lugar
É o novo momento
De querer sempre você
Nem que seja por retrato,
Nem que seja por querer
Tua imagem no espelho
Espalhada pelo ar
Queria você passando o batom
Pra desperdiçá-lo todo em mim
E assim novamente viver contigo
Aquele sonho já morrido
Por parecer já tão antigo
Mas é do outro lado da rua
Que te vejo ir de costas
Com a bolsa a tira colo
Caminhar pro seu novo destino
Antes mesmo de escutar esse solo
(SOLO)
Mesmo sem saber como
A vida viverá sem um porquê
Mesmo sem saber como
Haverá vida após você
Ainda creio
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