Nessa sombra luminosa
Guardo o retrato teu
Fotografias mentirosas
Amargas num baú encadeado.
O louco ainda vive
Por que a sanidade já morreu
Cata moscas invisíveis
Aos olhos de um Galileu
Que tenta provar o redondiço do planeta
Em algum lugar assaz
Faço ainda letras pra te mostrar
Mas elas nunca sairão do meu diário
Nem sequer irão te incomodar.
Desse ventre onde morei
Jamais deveria ter saído
E tampouco entrado
Preferia meu lar escroto
Pronto a morrer na mão.
Tenho agora esse caminho herdado
Uma sina, um karma
Ou quiçá um desagrado
Devoro cada palmo desse chão
Vitima do teu consentido pecado.
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