Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
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20 de janeiro de 2008
O SILÊNCIO E NÓS
é quem fala por nós
com verbos ausentes
quando estamos a sós
Revestir um sentimento
com essas tais palavras
que te causam encantamento
é a magia que pretendo
Quero ser teu trovador
único e exclusivo
e cantar esse amor
que agora eu cultivo
...e provocar-te o silêncio
Que precede um suspiro
Mas te excita às palavras
Num arrebatado delírio
...e provocar-te a falar
com languido torpor
mesmo que seja por um olhar
nesse élan de amor.
Te inspiro poetisa...
17 de janeiro de 2008
ALVA PELE II
Belo colo
Pelos poros pêlos louros
Pêlos negros claros pêlos pela pele
A ti matizes de luz e sombra mixadas
Bela cor
Alvo amor
Colo sussurro, quente arfante
Bela curra
Divino prazer
Pele péla
Arde a paixão
Queima o amor
Incinera a alma de desejo
Sofro e olho
Apenas olho
e por que?
Alvas curvas
Deslizantes, lisas
Perfeitas formas
Pêlo amor
Bela cor, a mais bela
Gozo.
6 de janeiro de 2008
Elas preterem os poetas
O verbo que hoje calço
É aquele que me leva
a dar cada passo em falso
na mais perene treva.
Os meus adjetivos
são hoje meu cadafalso
Música tão subjetiva
no salão onde eu valso
Sou escuridão que amanhece
tua podridão que amadurece
minha solidão que comparece
nas noites de estrelas chuvosas
As mulheres dadivosas
Quais me fazem um desejoso
Voraz de apetite jocoso
Torpe de paixão
A poesia é para ti
que tanto odeia os versos
Neste peito agora imersos
Afogados para a eternidade
Regurgito teu sabor.