6 de janeiro de 2008

Elas preterem os poetas

O verbo que hoje calço
É aquele que me leva
a dar cada passo em falso
na mais perene treva.

Os meus adjetivos
são hoje meu cadafalso
Música tão subjetiva
no salão onde eu valso

Sou escuridão que amanhece
tua podridão que amadurece
minha solidão que comparece
nas noites de estrelas chuvosas

As mulheres dadivosas
Quais me fazem um desejoso
Voraz de apetite jocoso
Torpe de paixão

A poesia é para ti
que tanto odeia os versos
Neste peito agora imersos
Afogados para a eternidade

Regurgito teu sabor.

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