Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
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15 de abril de 2008
SAUDADES DA MORTE
não há mais um delírio
o ar agora sufoca
num derradeiro suspiro
Agonia vertiginosa
arregalam olhos remelados
nos ouvidos agora toca
a canção d’um condenado
Passo pela vida em passos
maldados desaforados
desato todos os laços
com quem tenho bom grado
Eis que agora vou retornar
ao sono profundo sem norte
já não preciso mais chorar
de saudades da morte.
11 de abril de 2008
O AMOR VIVE*
Os olhos fechados
Á beira do paraíso
Perdigotos compartilhados
Lubrificam o juízo
O toque de um abraço
Que mãos delirantes
Em um sopro de vida
De amores marcantes.
Tudo parecia perdido
Nau sem bússola
Pássaro novo
longe do ninho
Nada queria
indicar o caminho
Quando o destino
Brincalhão
Resolveu tomar frente
Tentação.
E o vento cálido
Derreteu o gelo terrível
Que insistia em petrificar
Nosso amor possível
Não sublime seu desejo
Seja fiel ao seu coração
Nunca deixe de olhar meus olhos
Quando lhe peço a sua mão.
Não seja sombra
Se torne luz
E jamais se esqueça
O destino?
É você quem conduz.
*Antologia poética 2002
6 de abril de 2008
SEU SORRISO
Magnético e impreciso
Que atrai os meus ouvidos
E me habita os sentidos
Quando floresce
seu sorriso me amanhece
Nascente que se tece
O novo sol que me aquece
Sua tez assim se fez
Escarlate desse sorriso
que me afasta do juízo
quando daqui eu o diviso
Devaneio ótico