De que lado reside o paraíso
quando somos vítimas dos nossos próprios sonhos?
Por que a espera pelo dia
precisa atravessar pelas trevas da noite?
Quem implantou a ditadura da felicidade
Nunca pisou em cacos, nunca chorou de amor
Morreu sem nunca ter vivido de verdade
De que lado está o inferno
Quando o crepúsculo denota o início
Da noite vazia, sem estrelas e fria
Nem me preocupo em descobrir
Só o banho de chuva mais que cálido
e as marcas do cruel desamor
são indícios de uma estrada sombria
que fiz questão de atravessar
Não quero mais pegar o ponto
Não quero mais pagar a conta
Quero minh’alma livre e escrever
E viver da forma que a arte quiser
Não vou ser refém do meu destino
Quero escrever tortuoso por linhas certas
Decerto sem viver depois
Pra ver o sonho se realizar
Morrer um sonho...
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