26 de julho de 2009

BREVIDADE

Esconde-se no teu seio
Um coração afagado pela mão
De quem não devo, nem preciso
conhecer a identidade

Só queria morder teu decote
Para ferir o colo de ilusão
Por pensar que te pertenço
Que à distância padeço de saudade

Tanto não sou teu
Como sei não és minha
Só por alguns instantes
Nossos corpos se invadem

Apenas isso...

Nada que vem da tua boca
Perpassa pelo coração
São palavras jogadas ao léu
Leviana brevidade

Mentes pra mim,
como minto pra ti
felizes assim nos amamos
numa intima afinidade

Sei que ele te ama
Como sabes do amor dela por mim
E isso não nos afasta
Mas sim estreita a lealdade

Somos fieis amantes
De um amor que não é nosso
Nada aqui nos prende
Somente o sexo e a cumplicidade

Até qualquer dia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário