Deslizo com as pontas dos dedos
Na fina camada de suor
Derrapo em curvas sem medo
Sobreposto em sua pele mor
Refresco-me com a doce seiva
Que emana do seu âmago
Lateja essa sua boca meiga
E levo-lhe um frio no estômago
Enxergo seu corpo em braile
Leitura que meu corpo agita
E sei que meu cheiro atrai-lhe
Que o meu toque lhe excita
Visualizo em meu espelho
Algo que não consigo ver
Sei que seu rosto está vermelho
Por sentir meu corpo se acender
Somos a soma sem se olhar
Apenas se sentir.
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