Não há novela que se preze que não tenha um. Estão presentes também em romances, dos sofríveis às obras primas. Falo exatamente dos TRIÂNGULOSAMOROSOS. Uma situação dilêmática capaz de perturbar o sossego de um monge tibetano. Absolutamente ninguém está livre de ser, um dia, uma vértice dessa geometria de amor e pesadelo.
Tamanha angústia, causada pelos triângulos, é culpa da nossa propria civilização ocidental cristã, que preza a monogamia como base para as relações amorosas e também para a constituição da família.
Mas o que ocorre é que o coração humano é um latifúndio de grande escala, onde pode-se plantar e colher vários sentimentos diferentes. E o amor possui uma versatilidade tremenda, capaz de ter várias caras e formatos. Dessa forma, é perfeitamente aceitável que caiba dentro de apenas um ser vários tipos de amor dedicados á pessoas diferentes.
Nossos sentimentos são puramente humanos e fazem parte da nossa natureza. Assim sendo, as normas da nossa civilização são de certa forma assimilados por nós, mas nunca suplantam o nosso lado selvagem e irracional.
É exatamente nessa vértice da personalidade humana que age o amor. Daí vem os amores multiplos e confusos. Não há, portanto, pecado em se amar mais de uma pessoa. Afinal, somos essencialmente animais e o amor é um sentimento fora de qualquer razão. Amar duas pessoas ao mesmo tempo não deveria ser encarado com tamanho preconceito.
Eis o que eu queria dizer: Ame, ame incondicionalmente. Estamos no mundo para amar e nada mais. Não existe pecado no amor, seja ele dedicado a quem for ou a quantos forem. Pecado é matar o amor dentro de si.
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