4 de fevereiro de 2005

Viver a vida. Mas como?

O lugar-comum preferido das canções ideologicas reside num valoroso conselho armado e desfarçado em versos rimados que, logo, logo ficam martelando nossas cabeças. O tal conselho se refere diretamente ao ato de viver a vida intensamente, fazermos de cada ato "o único", aproveitar o hoje e viver, viver pra valer. (perdoe-me, leitor, não pude resistir à rima)
O que ocorre, na verdade, é que somos escravos do nosso próprio tempo. Temos compromissos demais, "depois" demais, "amanhãs" demais. O hoje se torna um momento de transição e não o nosso verdadeiro presente. Não imaginamos que o "amanhã" não existe. Ele é completamente subjetivo, abstrato. E o "ontem" é uma pagina empoeirada da história.
Me vem, então, a grande idéia, a descoberta da polvora cantada em verso e prosa pelas melodias. Vivamos a vida intensamente, cada momento. No entanto, este inquieto cronista vos argui: Como????. (com todas essas interrogações). Qual o grande segredo de viver a vida? Seria o Carpe Dien mais uma utopia da humanidade?
Chega. Não quero ficar enxovalhando o leitor com tantas perguntas. Mesmo porque você tem coisa melhor para fazer. Tal como: Viver a vida intensamente.
Amarro-me numa conclusão rasteira. Viver a vida é deixar o destino te levar e o amor acontecer. O que vem depois é "amanhã".

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