Essa tua pouca roupa
Veste-me de embriaguez
Turva esse solo
Que eu tanto queria que ouvisses
Essa tua não roupa
Me envolve no conforto obsessivo
Por beber esse vinho aos sorvos
Degustando cada gota dessa pele mor.
Faço em ti o parto oposto
Insisto em lançar-me para dentro
Do seu mais profundo âmago
E nadar nesse rio ébrio.
Bebo essa seiva ora amarga
Agora doce
Faço do teu semblante meu reflexo
E logro do teu olho rútilo de prazer.
E eis que os sinos badalam...
Uníssonos...
Fiéis e efêmeros
Não minta, não minta.
Sei que queres agasalhar no teu ventre
Aquilo que tanto e tanto me ilimita
E te transcende aqui por dentro.
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