A vida é um intervalo
Entre um choro e um suspiro
Proferido quando calo
A voz do canto que admiro
O que há entre o abalo
Do regaço d’onde me retiro
E o leito feito um ralo
Por onde escorro e expiro?
Há sonhos, amores, atalhos
Por onde corro e transpiro
Pelos poros e pêlos grisalhos
Que pela experiência eu adquiro
Agora que enxergo o halo
Dessa luz que daqui miro
Despeço-me num estalo
E minhas pernas aqui estiro
Breve vida
Longo adeus!
Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
Copyright by P.C.Almeida. Todos os direitos reservados.
25 de abril de 2010
22 de abril de 2010
INTIMISTA
Mirando-me em você
Enxergo-lhe a si mesma
Com seu brilho laquê
E sua rara beleza.
Por esta parede posso ver
Suas formas em delicadeza
Na nudez após reger
O seu banho de pureza
Vestes lindas só por que
Quer encobrir a natureza
do seu corpo que revê
a alegria em mim acesa
Minha serventia é a cada dia
Mostrar sua realeza
Dessa luz que irradia
Com a aura em leveza
Mas sei, por fim,
Que você se sente presa
Dentro de mim
Pois eu guardo sua riqueza
Identifico-me em ti mesma.
Enxergo-lhe a si mesma
Com seu brilho laquê
E sua rara beleza.
Por esta parede posso ver
Suas formas em delicadeza
Na nudez após reger
O seu banho de pureza
Vestes lindas só por que
Quer encobrir a natureza
do seu corpo que revê
a alegria em mim acesa
Minha serventia é a cada dia
Mostrar sua realeza
Dessa luz que irradia
Com a aura em leveza
Mas sei, por fim,
Que você se sente presa
Dentro de mim
Pois eu guardo sua riqueza
Identifico-me em ti mesma.
19 de abril de 2010
MUSA ELEITA
Tu és flor em pétala
Toque que agrada o dedo
Sete sentidos em pele
Arde o corpo em desejo
Sinto teu cheiro de flor
E o teu sorriso prevejo
Quando te excito ao torpor
depois de te tocar num beijo.
Tu és pele em veludo
Que meu tato veleja
Navega pelo teu suor
Doce de pele de cereja
Tua voz é a sinfonia
Que meu ouvido deseja
Por sete atos apreciar
Num silêncio que corteja
Mas é o teu ar que pressinto
E me atrai com o teu desejo
De ser eu o teu poeta
E de seres a musa que elejo.
Será?
Sim, serás.
Toque que agrada o dedo
Sete sentidos em pele
Arde o corpo em desejo
Sinto teu cheiro de flor
E o teu sorriso prevejo
Quando te excito ao torpor
depois de te tocar num beijo.
Tu és pele em veludo
Que meu tato veleja
Navega pelo teu suor
Doce de pele de cereja
Tua voz é a sinfonia
Que meu ouvido deseja
Por sete atos apreciar
Num silêncio que corteja
Mas é o teu ar que pressinto
E me atrai com o teu desejo
De ser eu o teu poeta
E de seres a musa que elejo.
Será?
Sim, serás.
13 de abril de 2010
SABOREIO
Quero morder-te a flor
De uma carne cálida
Sentir teu denso sabor
Escorrer-me a língua fálica
Quero sorver-te abrasador
Como a luz do novo dia
Envolver-me neste calor
Que teu corpo irradia
Quero teu olhar interior
Revirado por espasmos
No teu corpo um torpor
De múltiplos orgasmos
Quero ser teu beija-flor
Pra bebericar tua seiva
Encharcar-me desse amor
Que meu palato saboreia
Sabor de sonho...
De uma carne cálida
Sentir teu denso sabor
Escorrer-me a língua fálica
Quero sorver-te abrasador
Como a luz do novo dia
Envolver-me neste calor
Que teu corpo irradia
Quero teu olhar interior
Revirado por espasmos
No teu corpo um torpor
De múltiplos orgasmos
Quero ser teu beija-flor
Pra bebericar tua seiva
Encharcar-me desse amor
Que meu palato saboreia
Sabor de sonho...
4 de abril de 2010
SONETO SIMPLINHO
No vasto mundo
Do seu globo ocular
Procuro a fundo
Respostas pra me dar
Um sorriso, um assunto,
Amenidades pra falar
Segredos que ajunto
Do baú do seu olhar
Por onde eu circundo
Exploro seu lugar
Aguardo cada segundo
Pelo momento de encontrar
Minha alma
com a tua
Pelo singelo olhar
Do seu globo ocular
Procuro a fundo
Respostas pra me dar
Um sorriso, um assunto,
Amenidades pra falar
Segredos que ajunto
Do baú do seu olhar
Por onde eu circundo
Exploro seu lugar
Aguardo cada segundo
Pelo momento de encontrar
Minha alma
com a tua
Pelo singelo olhar
2 de abril de 2010
SILÊNCIO NU
O teu silêncio me ofende
Não me deixa dormir
É letra pra quem entende
Essas palavras mudas
Sua voz não transcende
Os seus lábios pra ferir
Meus ouvidos cadentes
Sem sua voz aguda
Mas seu olhar não mente
Escuto seu cílio se abrir
E fechar num repente
Quando o coração não ajuda
Quando o seu alô atende
Ao telefone sem rir
É como um som dormente
Disfarça a indiferença surda
Mesmo falando
Sua mudez me desnuda.
Não me deixa dormir
É letra pra quem entende
Essas palavras mudas
Sua voz não transcende
Os seus lábios pra ferir
Meus ouvidos cadentes
Sem sua voz aguda
Mas seu olhar não mente
Escuto seu cílio se abrir
E fechar num repente
Quando o coração não ajuda
Quando o seu alô atende
Ao telefone sem rir
É como um som dormente
Disfarça a indiferença surda
Mesmo falando
Sua mudez me desnuda.
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