A vida é um intervalo
Entre um choro e um suspiro
Proferido quando calo
A voz do canto que admiro
O que há entre o abalo
Do regaço d’onde me retiro
E o leito feito um ralo
Por onde escorro e expiro?
Há sonhos, amores, atalhos
Por onde corro e transpiro
Pelos poros e pêlos grisalhos
Que pela experiência eu adquiro
Agora que enxergo o halo
Dessa luz que daqui miro
Despeço-me num estalo
E minhas pernas aqui estiro
Breve vida
Longo adeus!
Nesse seu poema não há um limiar entre o triste e o belo! Ambos se confundem nas palavras tão perfeitamente escolhidas...
ResponderExcluirGlückwunsch!
Me lembrou um pouco de Alphonsus de Guimarães, palavras tristes que inexplicavelmente possam soar tão belas, tão gostosas de se ler e de se ouvir. Que belo dom, PC! Continue nos proporcionando essas boas emoções que sentimos quando entramos no teu blog.
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