19 de janeiro de 2011

ANTERIOR A SI MESMA

Reconheci a poesia
No teu olhar de soslaio
Que aos poucos sumia
No horizonte como um raio

Catei o que de ti caia
No rastro do perfume
Como estranha energia
Meu olho te seguia imune

Nos excessos da tua dramaturgia
Uma verossímil personagem
Com a qual me reconhecia
Como se fora uma clonagem

Mas teu olho enfim sorria
Revelando o invisível
Assim como uma fotografia
Que desnuda o impossível.

Me ame sem olhar

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