6 de julho de 2010

!O BERRO!

Com o peito atacado
Em brasa e pimenta in natura
Colho bocas de dragão
Num visionário jardim
Comidas para minha cura

Na boca o doce amargado
Fala sinceridade pura
Explode bombas atômicas
Pra matar passarim
Pequeno sopro de amargura

Na mão o aceno deseducado
Dedo médio dedura
O que a língua suprime
O falo dito tão assim
Ferido sem sutura

Nos bolsos qualquer trocado
Pra soldar a fissura
Aberta por aquela pena
Tão dedicada a mim
Que a falsidade jura

Verdade absoluta
Deixe morrer

2 comentários:

  1. Suas palavras traduzem o que eu às vezes não é possível resolver com um adjetivo de baixo calão!
    Profundo e lindo! E atemporal... Parabéns!

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  2. Suas palavras traduzem o que às vezes não é possível resolver com um adjetivo de baixo calão!
    Profundo e lindo! E atemporal... Parabéns!

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