Contava cada hora
segundo a segundo
pois sabia que o tempo
me seria generoso
Agora vou embora
Entrar no teu mundo
Viver o momento
Que me fez ansioso
Por te amar sem demora
Te conhecer a fundo
Acordar com o vento
Desse sonho amoroso
Estou aqui agora
A te beijar profundo
A te cantar acalento
De um mundo maravilhoso
Aonde cada hora
É uma volta ao mundo
Com ponteiro lento
Movimento libidinoso
Horas de amor a fio...
Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
Copyright by P.C.Almeida. Todos os direitos reservados.
28 de dezembro de 2009
27 de dezembro de 2009
DECIFROTE
E eu que descobri
Que sua zanga é defesa
Que você guarda em si
Um sonho de princesa
E eu que descobri
Que você mantém acesa
A inocência de sorrir
Seu sorriso de delicadeza.
E eu que descobri
Em você a beleza
Que no mundo sobrevive
Morando na sua face tesa
E eu que descobri
No destino a surpresa
De saber que contigo vivi
O melhor da minha natureza
Não se atreva a viver sem mim
Que sua zanga é defesa
Que você guarda em si
Um sonho de princesa
E eu que descobri
Que você mantém acesa
A inocência de sorrir
Seu sorriso de delicadeza.
E eu que descobri
Em você a beleza
Que no mundo sobrevive
Morando na sua face tesa
E eu que descobri
No destino a surpresa
De saber que contigo vivi
O melhor da minha natureza
Não se atreva a viver sem mim
22 de dezembro de 2009
CATÁRTICO
É o final de algo
Sem começo e sem meio
Filho abortado no próprio seio
Como sequela o devaneio
É o começo de algo
Que causa hemorragia
Não mata, mas expia
Faz pesadelo a fantasia
É o meio de algo
Como gás lacrimejante
Só uma overdose de calmante
Livraria deste durante
Quando cair
No sono mortal
Não me desperte
Antes do final
Ressurjo sujo
Purificado de você
Sem começo e sem meio
Filho abortado no próprio seio
Como sequela o devaneio
É o começo de algo
Que causa hemorragia
Não mata, mas expia
Faz pesadelo a fantasia
É o meio de algo
Como gás lacrimejante
Só uma overdose de calmante
Livraria deste durante
Quando cair
No sono mortal
Não me desperte
Antes do final
Ressurjo sujo
Purificado de você
12 de dezembro de 2009
TEU DESEJO
Meu sonho é tão pequeno
Perto do teu
Me realizo pleno
Pois teu desejo também é o meu
Meu beijo é tão sedento
Perto do teu
Me serve de alento
Ser teu desejo que não morreu
Meu poema é tão clichê
Perto do teu
Mas te escrevo em dégradé
Com teu desejo no apogeu
Meu verso é tão pronto
Perto do teu
Mesmo assim te afronto
No teu desejo por um romeu
Deixe-me realizado
no teu desejo
Perto do teu
Me realizo pleno
Pois teu desejo também é o meu
Meu beijo é tão sedento
Perto do teu
Me serve de alento
Ser teu desejo que não morreu
Meu poema é tão clichê
Perto do teu
Mas te escrevo em dégradé
Com teu desejo no apogeu
Meu verso é tão pronto
Perto do teu
Mesmo assim te afronto
No teu desejo por um romeu
Deixe-me realizado
no teu desejo
6 de dezembro de 2009
EXCLUSIVO TEU
Recito num sussurro
Versos no teu ouvido
Palavras ao ar quente
Arfantes como a libido.
Sentes dos meus lábios
vindo o som umedecido
pela saliva que alivia
teu calor constrangido
No teu lóbulo eu toco
a língua num verso atrevido
Um arrepio sobe e desce
teu dorso em mim recaído
Um beijo te estalo
Contorces num alarido
de prazer vejo teu sorriso
Molhado e amolecido
Alcanço-te a boca...
Versos no teu ouvido
Palavras ao ar quente
Arfantes como a libido.
Sentes dos meus lábios
vindo o som umedecido
pela saliva que alivia
teu calor constrangido
No teu lóbulo eu toco
a língua num verso atrevido
Um arrepio sobe e desce
teu dorso em mim recaído
Um beijo te estalo
Contorces num alarido
de prazer vejo teu sorriso
Molhado e amolecido
Alcanço-te a boca...
25 de novembro de 2009
A POÉTICA
Poesia
Que um dia eu pairo
Como quem pare
Aquela criança vazia
De pudores mundanos
Poesia
Sinestésica e asséptica
Lavada do parto
Que agora se principia
Despojada de mim há anos
Poesia
Insolente por nascença
Cabida no sacro andor
Pela visão que analgesia
O sangue em mim jorrando
Poesia
Anacrônica e indecisa
Vivida com toda dor
Pelos monstros que anistia
Com o seu caráter profano
Poesia, tu és meu mal
Que um dia eu pairo
Como quem pare
Aquela criança vazia
De pudores mundanos
Poesia
Sinestésica e asséptica
Lavada do parto
Que agora se principia
Despojada de mim há anos
Poesia
Insolente por nascença
Cabida no sacro andor
Pela visão que analgesia
O sangue em mim jorrando
Poesia
Anacrônica e indecisa
Vivida com toda dor
Pelos monstros que anistia
Com o seu caráter profano
Poesia, tu és meu mal
22 de novembro de 2009
TRANSCENDENTAL
A noite é só nossa
Enquanto formos sonhos
Enquanto o sol não vem
Despertar o repouso
Destes nossos corpos
Que flutuam risonhos
Num céu de lascívia
Que termina num gozo
Que começa de novo
Na noite que transponho
Os limites da carícia
No teu corpo delicioso
Delícia dessa vida
vivida entre fronhas
Aonde somos um no outro
num silêncio escandaloso
No corpo
o sexo d’alma
Enquanto formos sonhos
Enquanto o sol não vem
Despertar o repouso
Destes nossos corpos
Que flutuam risonhos
Num céu de lascívia
Que termina num gozo
Que começa de novo
Na noite que transponho
Os limites da carícia
No teu corpo delicioso
Delícia dessa vida
vivida entre fronhas
Aonde somos um no outro
num silêncio escandaloso
No corpo
o sexo d’alma
12 de novembro de 2009
TE CHEIRO
Roubei de uma flor
o doce delicado perfume
Pra ressentir o seu odor
meu como de costume
Venerei como num andor
você que agora assume
a alegria por me ver compor
sua escultura sobre o cume
Esse é nosso jardim em cor
onde a vida brota imune
às tempestades de temor
caídas do céu em negrume
Mostra-me o seu amor
que o destino agora une
duas vidas no olor
da flor do seu perfume
me cheire de seu.
o doce delicado perfume
Pra ressentir o seu odor
meu como de costume
Venerei como num andor
você que agora assume
a alegria por me ver compor
sua escultura sobre o cume
Esse é nosso jardim em cor
onde a vida brota imune
às tempestades de temor
caídas do céu em negrume
Mostra-me o seu amor
que o destino agora une
duas vidas no olor
da flor do seu perfume
me cheire de seu.
31 de outubro de 2009
NOSSO TEMPO
Até que o dia entardeça
Torne-se noite plena
De estrelas sobre nossa cabeça
e novamente amanheça
para o sol entrar em cena
Será o nosso tempo...
Até que a chuva estabeleça
uma temperatura mais amena
E você num breve olhar
Meu peito largo aqueça
Com meu suor que se drena
Será o nosso tempo...
Até que o mar amareleça
Doente de saudade e pena
do nosso amor à distância
do nosso toque às avessas
libido que a gente encena.
Será o nosso tempo...
Que o tempo então feneça
Mas que a paixão permaneça plena.
Torne-se noite plena
De estrelas sobre nossa cabeça
e novamente amanheça
para o sol entrar em cena
Será o nosso tempo...
Até que a chuva estabeleça
uma temperatura mais amena
E você num breve olhar
Meu peito largo aqueça
Com meu suor que se drena
Será o nosso tempo...
Até que o mar amareleça
Doente de saudade e pena
do nosso amor à distância
do nosso toque às avessas
libido que a gente encena.
Será o nosso tempo...
Que o tempo então feneça
Mas que a paixão permaneça plena.
23 de setembro de 2009
ODE AO CRUZEIRO
Peguei um pedaço do céu
e dele fiz bandeira.
Tatuei no lado esquerdo
minha paixão verdadeira
Peguei estrelas a granel
e delas fiz camisa
Vestida como farda de sol
com a coragem que me revitaliza
Peguei o azul do pincel
e dele fiz meu manto
sagrado como da Rainha Mãe
e fui bradar o meu canto
Peguei meu coração fiel
a esse amor que sou herdeiro
Graças ao meu bom Pai,
sou feliz, sou Cruzeiro
À Nação Azul Estrelada!
e dele fiz bandeira.
Tatuei no lado esquerdo
minha paixão verdadeira
Peguei estrelas a granel
e delas fiz camisa
Vestida como farda de sol
com a coragem que me revitaliza
Peguei o azul do pincel
e dele fiz meu manto
sagrado como da Rainha Mãe
e fui bradar o meu canto
Peguei meu coração fiel
a esse amor que sou herdeiro
Graças ao meu bom Pai,
sou feliz, sou Cruzeiro
À Nação Azul Estrelada!
15 de setembro de 2009
SHAKESPEARE APAIXONADO
Escrevo-te de trás pra frente
para que apenas eu leia
Pelo espelho que nunca mente
na noite que o dia clareia
O sol na persiana nascente
listra a nudez e delineia
o alvo dorso ardente
lívido de uma sereia
Recostado na cabeceira rente
Leio cada palavra que proseia
Este meu delírio cadente
Do céu estrelado em teia
Agora que já és confidente
Do segredo que a noite gorjeia
Posso descer muito crente
desta obsessão que romanceia
o meu livro no teu corpo.
para que apenas eu leia
Pelo espelho que nunca mente
na noite que o dia clareia
O sol na persiana nascente
listra a nudez e delineia
o alvo dorso ardente
lívido de uma sereia
Recostado na cabeceira rente
Leio cada palavra que proseia
Este meu delírio cadente
Do céu estrelado em teia
Agora que já és confidente
Do segredo que a noite gorjeia
Posso descer muito crente
desta obsessão que romanceia
o meu livro no teu corpo.
13 de setembro de 2009
AZUL AZULEJO
Em Saturno eu vejo
Anéis pros teus dedos
Delgados e vastos
Como também sãos teus medos
Mas cresce aquele desejo
De provar do azedo
Sabor desta paixão
Envelhecida desde cedo
Procuro outro ensejo
para morrer no teu enredo
e fenecer na tua mão
como um sutil brinquedo
E no teu azul azulejo
Brinco num folguedo
E desapareço da tua mente
Mentindo meu arremedo
A verdade é:
Só existo pra ti
Anéis pros teus dedos
Delgados e vastos
Como também sãos teus medos
Mas cresce aquele desejo
De provar do azedo
Sabor desta paixão
Envelhecida desde cedo
Procuro outro ensejo
para morrer no teu enredo
e fenecer na tua mão
como um sutil brinquedo
E no teu azul azulejo
Brinco num folguedo
E desapareço da tua mente
Mentindo meu arremedo
A verdade é:
Só existo pra ti
15 de agosto de 2009
IN FINITO*
Ao léu
Tua calma
Promoveu-me ao céu
Elevou-me a alma
Ao nobre dossel
Teu véu
Caiu nas palmas
No seu teatro cruel
Ao cabo da meada
Linha sem carretel
O bel
prazer de tua aula
sobre o sonho fiel
sem dor, sem mácula
como velho vinho em tonel
Sou menestrel
Ministro palavras insípidas
Bebidas com mel
Esculpidas liquidas
Na solidez do teu cinzel
Quero minha cor no teu pincel
*Contribuição especial e dedicado à Laís Menini
Tua calma
Promoveu-me ao céu
Elevou-me a alma
Ao nobre dossel
Teu véu
Caiu nas palmas
No seu teatro cruel
Ao cabo da meada
Linha sem carretel
O bel
prazer de tua aula
sobre o sonho fiel
sem dor, sem mácula
como velho vinho em tonel
Sou menestrel
Ministro palavras insípidas
Bebidas com mel
Esculpidas liquidas
Na solidez do teu cinzel
Quero minha cor no teu pincel
*Contribuição especial e dedicado à Laís Menini
26 de julho de 2009
BREVIDADE
Esconde-se no teu seio
Um coração afagado pela mão
De quem não devo, nem preciso
conhecer a identidade
Só queria morder teu decote
Para ferir o colo de ilusão
Por pensar que te pertenço
Que à distância padeço de saudade
Tanto não sou teu
Como sei não és minha
Só por alguns instantes
Nossos corpos se invadem
Apenas isso...
Nada que vem da tua boca
Perpassa pelo coração
São palavras jogadas ao léu
Leviana brevidade
Mentes pra mim,
como minto pra ti
felizes assim nos amamos
numa intima afinidade
Sei que ele te ama
Como sabes do amor dela por mim
E isso não nos afasta
Mas sim estreita a lealdade
Somos fieis amantes
De um amor que não é nosso
Nada aqui nos prende
Somente o sexo e a cumplicidade
Até qualquer dia...
Um coração afagado pela mão
De quem não devo, nem preciso
conhecer a identidade
Só queria morder teu decote
Para ferir o colo de ilusão
Por pensar que te pertenço
Que à distância padeço de saudade
Tanto não sou teu
Como sei não és minha
Só por alguns instantes
Nossos corpos se invadem
Apenas isso...
Nada que vem da tua boca
Perpassa pelo coração
São palavras jogadas ao léu
Leviana brevidade
Mentes pra mim,
como minto pra ti
felizes assim nos amamos
numa intima afinidade
Sei que ele te ama
Como sabes do amor dela por mim
E isso não nos afasta
Mas sim estreita a lealdade
Somos fieis amantes
De um amor que não é nosso
Nada aqui nos prende
Somente o sexo e a cumplicidade
Até qualquer dia...
13 de junho de 2009
AINDA ME VEJO
Meu corpo inda ressente
Teu corpo tão presente
Envolvido nos braços e peito
Dormindo no aconchego quente
Mas quando me vi te vendo
Partindo naquele ônibus da tarde
Os passageiros testemunharam
O adeus que inda me arde
Meus olhos lhe tiraram fotos
Eu ainda escuto seus ruídos
Minha sombra inda se embrenha na sua
Tua voz ainda sopra aos ouvidos
Quero saber até que ponto
Sua ausência vai se fazer presente
Logo agora que dei pra amar
Teu perfume no inconsciente
Desça logo desse ônibus
Deixa lá suas malas e mochila
Venha que eu te levo pra ver
O que meu olho já assimila
Distância relativa
Teu corpo tão presente
Envolvido nos braços e peito
Dormindo no aconchego quente
Mas quando me vi te vendo
Partindo naquele ônibus da tarde
Os passageiros testemunharam
O adeus que inda me arde
Meus olhos lhe tiraram fotos
Eu ainda escuto seus ruídos
Minha sombra inda se embrenha na sua
Tua voz ainda sopra aos ouvidos
Quero saber até que ponto
Sua ausência vai se fazer presente
Logo agora que dei pra amar
Teu perfume no inconsciente
Desça logo desse ônibus
Deixa lá suas malas e mochila
Venha que eu te levo pra ver
O que meu olho já assimila
Distância relativa
11 de junho de 2009
LUA DOS NAMORADOS
Queria um sonho pra viver
Por um dia que apenas seja
Roubar-lhe as rosas e colher
O seu beijo que me beija
Daqui distante de você
Vendo a lua que deseja
Iluminar-me os lábios de beber
Sua saliva doce de cereja
Mas quando você menos perceber
Antes que você me anteveja
Estarei aí para lhe benzer
Com cálido vento que lhe bafeja
Oh lua que me quer morrer
Mate antes a saudade que enseja
Atentar-me o peito e corroer
A força que me queima e flameja
Dia dos namorados solitários...
Por um dia que apenas seja
Roubar-lhe as rosas e colher
O seu beijo que me beija
Daqui distante de você
Vendo a lua que deseja
Iluminar-me os lábios de beber
Sua saliva doce de cereja
Mas quando você menos perceber
Antes que você me anteveja
Estarei aí para lhe benzer
Com cálido vento que lhe bafeja
Oh lua que me quer morrer
Mate antes a saudade que enseja
Atentar-me o peito e corroer
A força que me queima e flameja
Dia dos namorados solitários...
26 de maio de 2009
ALVA FADA
Eu que daqui vejo
tua pele branca em leite
condensada na minha boca
envolvida pela tua
Boca que agora beija
sôfrega e ardente
minha boca louca e densa
que se pega sorridente
Cada curva do teu corpo
alvo que miro e acerto
certamente bem no peito
suspiroso quando perto
Do sol que te admiro
refletido em teu olhar
verde como sonho que sonho
ver de perto o teu despertar
Para o dia mais que perfeito
feito para o nosso desejo
no jardim de sílfides em dança
em torno da primavera do teu beijo
Derrete-se na minha boca.
tua pele branca em leite
condensada na minha boca
envolvida pela tua
Boca que agora beija
sôfrega e ardente
minha boca louca e densa
que se pega sorridente
Cada curva do teu corpo
alvo que miro e acerto
certamente bem no peito
suspiroso quando perto
Do sol que te admiro
refletido em teu olhar
verde como sonho que sonho
ver de perto o teu despertar
Para o dia mais que perfeito
feito para o nosso desejo
no jardim de sílfides em dança
em torno da primavera do teu beijo
Derrete-se na minha boca.
8 de maio de 2009
MINH'ALMA LIVRE
De que lado reside o paraíso
quando somos vítimas dos nossos próprios sonhos?
Por que a espera pelo dia
precisa atravessar pelas trevas da noite?
Quem implantou a ditadura da felicidade
Nunca pisou em cacos, nunca chorou de amor
Morreu sem nunca ter vivido de verdade
De que lado está o inferno
Quando o crepúsculo denota o início
Da noite vazia, sem estrelas e fria
Nem me preocupo em descobrir
Só o banho de chuva mais que cálido
e as marcas do cruel desamor
são indícios de uma estrada sombria
que fiz questão de atravessar
Não quero mais pegar o ponto
Não quero mais pagar a conta
Quero minh’alma livre e escrever
E viver da forma que a arte quiser
Não vou ser refém do meu destino
Quero escrever tortuoso por linhas certas
Decerto sem viver depois
Pra ver o sonho se realizar
Morrer um sonho...
quando somos vítimas dos nossos próprios sonhos?
Por que a espera pelo dia
precisa atravessar pelas trevas da noite?
Quem implantou a ditadura da felicidade
Nunca pisou em cacos, nunca chorou de amor
Morreu sem nunca ter vivido de verdade
De que lado está o inferno
Quando o crepúsculo denota o início
Da noite vazia, sem estrelas e fria
Nem me preocupo em descobrir
Só o banho de chuva mais que cálido
e as marcas do cruel desamor
são indícios de uma estrada sombria
que fiz questão de atravessar
Não quero mais pegar o ponto
Não quero mais pagar a conta
Quero minh’alma livre e escrever
E viver da forma que a arte quiser
Não vou ser refém do meu destino
Quero escrever tortuoso por linhas certas
Decerto sem viver depois
Pra ver o sonho se realizar
Morrer um sonho...
19 de abril de 2009
INCONTRO D'AMORE
Meio dia e meia
E depois de um ano inteiro
Uma vida se passou
Como se fosse o primeiro
Instante de eternidade
Meia hora já se foi
E esse banco já me gela
O corpo e a paciência
Mas sua voz é que apela
Pela minha forte saudade
Meio sem jeito você chega
Cumprimentos se evocam
Mas você pouco resiste
E nossos olhos enfim se tocam
Derretendo a frivolidade
Meio sem saber
Sem meias palavras
Nos rendemos ao solstício
Desse verão que se aproxima
Com o calor que nos invade
Para nós
um amor e meio não basta!
Eis uma verdade
E depois de um ano inteiro
Uma vida se passou
Como se fosse o primeiro
Instante de eternidade
Meia hora já se foi
E esse banco já me gela
O corpo e a paciência
Mas sua voz é que apela
Pela minha forte saudade
Meio sem jeito você chega
Cumprimentos se evocam
Mas você pouco resiste
E nossos olhos enfim se tocam
Derretendo a frivolidade
Meio sem saber
Sem meias palavras
Nos rendemos ao solstício
Desse verão que se aproxima
Com o calor que nos invade
Para nós
um amor e meio não basta!
Eis uma verdade
30 de março de 2009
INCIDENTE NOTURNO
Desnuda de loucura
ela buscava sintomas
Algo para provocar a cura
Para seu corpo ainda em coma
E ele, mais que aflito
Queria ser a soma
Do hiato corpo hirto
a exalar um doce aroma
Ele, desejo
Ela, aridez
No mais louco ensejo
Seria estupidez.
Ela buscou na sua bolsa
Uma desculpa, um axioma.
Mas só achou um espelho
E seu rosto em rosa e croma.
Ele não perdoou-se facilmente
Ficou do amor o hematoma
De mordidas insolentes
Da calidez que não se doma
Perderam-se no destino
Até nunca mais...
ela buscava sintomas
Algo para provocar a cura
Para seu corpo ainda em coma
E ele, mais que aflito
Queria ser a soma
Do hiato corpo hirto
a exalar um doce aroma
Ele, desejo
Ela, aridez
No mais louco ensejo
Seria estupidez.
Ela buscou na sua bolsa
Uma desculpa, um axioma.
Mas só achou um espelho
E seu rosto em rosa e croma.
Ele não perdoou-se facilmente
Ficou do amor o hematoma
De mordidas insolentes
Da calidez que não se doma
Perderam-se no destino
Até nunca mais...
22 de março de 2009
PRETÉRITO PERFEITO
Sei que um dia fui feliz
Que um dia já amei
Que um dia me satisfiz
Com o sonho que herdei
Mas o verbo que hoje conjugo
É o pretérito-mais-que-perfeito
E o que hoje eu vivo
Parece o resto de um sujeito
Com predicado infinito
De um gerúndio interrompido
Por acordar desse meu sonho
Onde me comprometi no infinitivo
Tenho a sensação de já ter vivido
Tudo o que a vida já me deu
Pareço já ter morrido
E apenas vegeto por não ser mais teu
Posso não ter mais a ti
Por conjugar tanto o passado
E parecer um anjo caído
Morto e condenado
A viver do passado
Hoje já não penso
Apenas lembro, lembro e... sonho
Que um dia já amei
Que um dia me satisfiz
Com o sonho que herdei
Mas o verbo que hoje conjugo
É o pretérito-mais-que-perfeito
E o que hoje eu vivo
Parece o resto de um sujeito
Com predicado infinito
De um gerúndio interrompido
Por acordar desse meu sonho
Onde me comprometi no infinitivo
Tenho a sensação de já ter vivido
Tudo o que a vida já me deu
Pareço já ter morrido
E apenas vegeto por não ser mais teu
Posso não ter mais a ti
Por conjugar tanto o passado
E parecer um anjo caído
Morto e condenado
A viver do passado
Hoje já não penso
Apenas lembro, lembro e... sonho
6 de março de 2009
APÓS VOCÊ
É o velho argumento
Na maneira de falar
De fingir o momento de ser
De fugir com os olhos secos
De aqui estar fingindo outro lugar
É o novo momento
De querer sempre você
Nem que seja por retrato,
Nem que seja por querer
Tua imagem no espelho
Espalhada pelo ar
Queria você passando o batom
Pra desperdiçá-lo todo em mim
E assim novamente viver contigo
Aquele sonho já morrido
Por parecer já tão antigo
Mas é do outro lado da rua
Que te vejo ir de costas
Com a bolsa a tira colo
Caminhar pro seu novo destino
Antes mesmo de escutar esse solo
(SOLO)
Mesmo sem saber como
A vida viverá sem um porquê
Mesmo sem saber como
Haverá vida após você
Ainda creio
Na maneira de falar
De fingir o momento de ser
De fugir com os olhos secos
De aqui estar fingindo outro lugar
É o novo momento
De querer sempre você
Nem que seja por retrato,
Nem que seja por querer
Tua imagem no espelho
Espalhada pelo ar
Queria você passando o batom
Pra desperdiçá-lo todo em mim
E assim novamente viver contigo
Aquele sonho já morrido
Por parecer já tão antigo
Mas é do outro lado da rua
Que te vejo ir de costas
Com a bolsa a tira colo
Caminhar pro seu novo destino
Antes mesmo de escutar esse solo
(SOLO)
Mesmo sem saber como
A vida viverá sem um porquê
Mesmo sem saber como
Haverá vida após você
Ainda creio
17 de janeiro de 2009
MEU DIA
O tempo é o que meço
até chegar o dia
que terei o que peço:
a glória tão tardia
Eu brinco de esperar
Pela flor que se anuncia
O momento a chegar
Aquilo que eu tanto queria
Atravesso desertos descalço
Sem receio da solidão
Por dar passo em falso
Pois me espera a redenção
Quando o cálice de sangue
Se encher de poesia
Por fim entenderei
Que se aproxima o meu dia
E venha comigo...
até chegar o dia
que terei o que peço:
a glória tão tardia
Eu brinco de esperar
Pela flor que se anuncia
O momento a chegar
Aquilo que eu tanto queria
Atravesso desertos descalço
Sem receio da solidão
Por dar passo em falso
Pois me espera a redenção
Quando o cálice de sangue
Se encher de poesia
Por fim entenderei
Que se aproxima o meu dia
E venha comigo...
14 de janeiro de 2009
INTERESSANTE
Eu hoje estou aqui
Querendo saber de você
Sua vida, seus afazeres, seu dia
Quero saber de você, do que lhe rodeia
Porque me interessam...
Seus gostos, seus sabores
Seu passado, seus amores
Quero saber de você
Porque me interessam...
Seu quarto mundo, sua bagunça
Onde tudo se organiza e eu me perdi
Bucando aquele retrato
para saber de você
Porque me interessam...
Suas roupas, sua cor preferida
Seu destino, sua alegria, sua ferida
Eu hoje estou aqui
Porque quero saber de você
Seus caminhos me interessam
Todos os seus passos
Eu passo pra saber
Do seu passado, e construir
Seu futuro para saber
Sempre mais de você
Porque me interessam...
Querendo saber de você
Sua vida, seus afazeres, seu dia
Quero saber de você, do que lhe rodeia
Porque me interessam...
Seus gostos, seus sabores
Seu passado, seus amores
Quero saber de você
Porque me interessam...
Seu quarto mundo, sua bagunça
Onde tudo se organiza e eu me perdi
Bucando aquele retrato
para saber de você
Porque me interessam...
Suas roupas, sua cor preferida
Seu destino, sua alegria, sua ferida
Eu hoje estou aqui
Porque quero saber de você
Seus caminhos me interessam
Todos os seus passos
Eu passo pra saber
Do seu passado, e construir
Seu futuro para saber
Sempre mais de você
Porque me interessam...
13 de janeiro de 2009
BRISA MALDITA
Essa moça bonita
Que passa e arrebita
Os olhos do peão,
Do catireiro, do pedreiro
e do patrão
Eu com meus olhos ensaio
Um olhar de soslaio
Senão a patroa reclama
Senão confesso coração.
Ela passa só pra desfilar
Para arrastar cada olhar
Pra sua saia que se agita
Com essa brisa maldita
Ah se fosse um furacão!
Mas ela tem namorado
Que a segue pra todo lado
Que tenta blindar a menina
Da má intenção masculina
Mas sempre que pode
Ela se esconde e foge
Só pra cair no samba
Onde a saia descamba
E o coração explode
De felicidade o peão,
o catireiro, o pedreiro
e o patrão.
Que passa e arrebita
Os olhos do peão,
Do catireiro, do pedreiro
e do patrão
Eu com meus olhos ensaio
Um olhar de soslaio
Senão a patroa reclama
Senão confesso coração.
Ela passa só pra desfilar
Para arrastar cada olhar
Pra sua saia que se agita
Com essa brisa maldita
Ah se fosse um furacão!
Mas ela tem namorado
Que a segue pra todo lado
Que tenta blindar a menina
Da má intenção masculina
Mas sempre que pode
Ela se esconde e foge
Só pra cair no samba
Onde a saia descamba
E o coração explode
De felicidade o peão,
o catireiro, o pedreiro
e o patrão.
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