Recito num sussurro
Versos no teu ouvido
Palavras ao ar quente
Arfantes como a libido.
Sentes dos meus lábios
vindo o som umedecido
pela saliva que alivia
teu calor constrangido
No teu lóbulo eu toco
a língua num verso atrevido
Um arrepio sobe e desce
teu dorso em mim recaído
Um beijo te estalo
Contorces num alarido
de prazer vejo teu sorriso
Molhado e amolecido
Alcanço-te a boca...
Possuo um universo paralelo para onde escapo para criar minhas histórias e também quando o sofrimento teima em bater na minha porta. Nesse mundo reside tudo que eu crio, é o meu pólo, minha razão de viver.
Não, não sou louco. Talvez esquizofrênico. Na verdade, sou um poeta em busca da ALCOVA DOS POEMAS.
TODOS OS TEXTOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE AUTORIA DE P.C.ALMEIDA
Copyright by P.C.Almeida. Todos os direitos reservados.
9 de dezembro de 2010
25 de novembro de 2010
DESAGRAVO
Num rompante vazio
O romance partiu
Sem dizer se voltava
No peito sentiu
O tributo pelo tempo
Que a vida demandava
A luz do sol sumiu
Só a via pelo do túnel
Por onde flutuava
Como um filme reviu
O amor que perdera
Quando tudo se alinhava
Agora a corda ruiu
Pendurada no vulcão
No calor de sua lava
A dor do parto que pariu
Agora inverte os fatos
Na sua lógica cava
Oh surrado coração!
Pulsa em silêncio pousa
O romance partiu
Sem dizer se voltava
No peito sentiu
O tributo pelo tempo
Que a vida demandava
A luz do sol sumiu
Só a via pelo do túnel
Por onde flutuava
Como um filme reviu
O amor que perdera
Quando tudo se alinhava
Agora a corda ruiu
Pendurada no vulcão
No calor de sua lava
A dor do parto que pariu
Agora inverte os fatos
Na sua lógica cava
Oh surrado coração!
Pulsa em silêncio pousa
17 de novembro de 2010
PERDAS MINHAS
A parte que em mim morre
É a mesma que nasceu
Depois de surras e porres
No dia que anoiteceu
A parte de mim que corre
É a que foge do meu eu
E ao teu rosto recorre
Sorrindo num camafeu
A parte de mim que escorre
Pela mão que concebeu
É a vida que em mim morre
Depois que a memória te esqueceu
Fim do karma. O céu escureceu...
É a mesma que nasceu
Depois de surras e porres
No dia que anoiteceu
A parte de mim que corre
É a que foge do meu eu
E ao teu rosto recorre
Sorrindo num camafeu
A parte de mim que escorre
Pela mão que concebeu
É a vida que em mim morre
Depois que a memória te esqueceu
Fim do karma. O céu escureceu...
9 de julho de 2010
OLHOS VICIOSOS
Seus olhos são precipícios
Olhando pra mim
Sádicos e jocosos
Esperando meu salto
Seus olhos são vícios
Gozando de mim
Meus olhos receosos
Olhando-me do alto
Seus olhos são inícios
Princípios do fim
Assassinatos dolosos
Precedidos de assalto
Seus olhos são ócios
Críticos e ruins
Sonhos artificiosos
Acordado em sobressalto
Me cure dos seus olhos
Olhando pra mim
Sádicos e jocosos
Esperando meu salto
Seus olhos são vícios
Gozando de mim
Meus olhos receosos
Olhando-me do alto
Seus olhos são inícios
Princípios do fim
Assassinatos dolosos
Precedidos de assalto
Seus olhos são ócios
Críticos e ruins
Sonhos artificiosos
Acordado em sobressalto
Me cure dos seus olhos
6 de julho de 2010
!O BERRO!
Com o peito atacado
Em brasa e pimenta in natura
Colho bocas de dragão
Num visionário jardim
Comidas para minha cura
Na boca o doce amargado
Fala sinceridade pura
Explode bombas atômicas
Pra matar passarim
Pequeno sopro de amargura
Na mão o aceno deseducado
Dedo médio dedura
O que a língua suprime
O falo dito tão assim
Ferido sem sutura
Nos bolsos qualquer trocado
Pra soldar a fissura
Aberta por aquela pena
Tão dedicada a mim
Que a falsidade jura
Verdade absoluta
Deixe morrer
Em brasa e pimenta in natura
Colho bocas de dragão
Num visionário jardim
Comidas para minha cura
Na boca o doce amargado
Fala sinceridade pura
Explode bombas atômicas
Pra matar passarim
Pequeno sopro de amargura
Na mão o aceno deseducado
Dedo médio dedura
O que a língua suprime
O falo dito tão assim
Ferido sem sutura
Nos bolsos qualquer trocado
Pra soldar a fissura
Aberta por aquela pena
Tão dedicada a mim
Que a falsidade jura
Verdade absoluta
Deixe morrer
3 de julho de 2010
DELÍRIO INSONE
Me sorriu com os olhos
Comunicação não verbal
No silêncio do ar
Sentidos em plural
Me abriu o peito
Coração tão igual
Pulsando pausado no lugar
Curando-me de todo mal
Me feriu com agulha
O dedo pinga amoral
Nosso sangue a se tocar
Pacto de amor abissal
Me reviu iluminado
Na lâmina do mal
Que tentava assassinar
O nosso tédio usual
Amar e morrer com o ser amado
Comunicação não verbal
No silêncio do ar
Sentidos em plural
Me abriu o peito
Coração tão igual
Pulsando pausado no lugar
Curando-me de todo mal
Me feriu com agulha
O dedo pinga amoral
Nosso sangue a se tocar
Pacto de amor abissal
Me reviu iluminado
Na lâmina do mal
Que tentava assassinar
O nosso tédio usual
Amar e morrer com o ser amado
27 de junho de 2010
ENCONTRO-ME
Sob sua pele
Se esconde outro eu
Visto nos seus olhos
Mesmo sob o efeito de Morfeu
Sob sua pele
Tatuou-se um retrato meu
Marcado a ferro quente
Com o amor que me ardeu
Sob sua pele
Esqueço todo o breu
Da vida, do passado
Pois o presente auroresceu
Sob sua pele
Alcanço o apogeu
Do sonho jamais sonhado
Na delícia de um beijo seu.
É sob sua pele
Que encontro Deus
Crível até para um ateu
Meu amor só é tangível
Sob sua pele
Se esconde outro eu
Visto nos seus olhos
Mesmo sob o efeito de Morfeu
Sob sua pele
Tatuou-se um retrato meu
Marcado a ferro quente
Com o amor que me ardeu
Sob sua pele
Esqueço todo o breu
Da vida, do passado
Pois o presente auroresceu
Sob sua pele
Alcanço o apogeu
Do sonho jamais sonhado
Na delícia de um beijo seu.
É sob sua pele
Que encontro Deus
Crível até para um ateu
Meu amor só é tangível
Sob sua pele
22 de junho de 2010
15 ANOS
E eu fico assim
Sorrindo feito bobo
Pensando em você
No seu jeito gostoso
Fazendo-me crer
Que o amor existe
E foi feito pra mim
Pra viver de novo
O que eu nunca senti
Vivendo o adolescer
Do coração teimoso
Descompassado, enfim
Te amar é renascer.
Sorrindo feito bobo
Pensando em você
No seu jeito gostoso
Fazendo-me crer
Que o amor existe
E foi feito pra mim
Pra viver de novo
O que eu nunca senti
Vivendo o adolescer
Do coração teimoso
Descompassado, enfim
Te amar é renascer.
16 de junho de 2010
SOMBRA SIAMÊSA
Nem preciso dormir
Pra sonhar contigo
És meu sonho desperto
E nesse onirismo eu sigo
Pelo caminho mais certo
Nem preciso ouvir
Pra saber da tua voz
E com teu som me liberto
Desato os meus nós
Mesmo sem estares por perto
Nem preciso abraçar
Pra sentir a firmeza
Do abraço que te aperto
E a nossa sombra siamesa
Ilumina noites no deserto
Nem preciso tocar
Pra sentir o teu calor
Incendiar-me descoberto
Do teu corpo em torpor
Que o juízo desconcerto
Nem preciso viver
Mas é fundamental te ter
Para o infinito...
Pra sonhar contigo
És meu sonho desperto
E nesse onirismo eu sigo
Pelo caminho mais certo
Nem preciso ouvir
Pra saber da tua voz
E com teu som me liberto
Desato os meus nós
Mesmo sem estares por perto
Nem preciso abraçar
Pra sentir a firmeza
Do abraço que te aperto
E a nossa sombra siamesa
Ilumina noites no deserto
Nem preciso tocar
Pra sentir o teu calor
Incendiar-me descoberto
Do teu corpo em torpor
Que o juízo desconcerto
Nem preciso viver
Mas é fundamental te ter
Para o infinito...
10 de junho de 2010
SENTIDOS PASSADOS
Seus dedos delgados
Juntos entrelaçados
Aos beijos salgados
Sabor do mar
Ficaram guardados
Num baú selado
Por meus dedos gelados
Tateado devagar
Meus olhos somados
Aos seus marejados
Pela poeira dourada
Luz solar
No peito largado
Eu vi depositado
Seu fino costado
O perfume a suar
Nesse momento
desconheço outra emoção...
Juntos entrelaçados
Aos beijos salgados
Sabor do mar
Ficaram guardados
Num baú selado
Por meus dedos gelados
Tateado devagar
Meus olhos somados
Aos seus marejados
Pela poeira dourada
Luz solar
No peito largado
Eu vi depositado
Seu fino costado
O perfume a suar
Nesse momento
desconheço outra emoção...
25 de abril de 2010
A INTERMITÊNCIA
A vida é um intervalo
Entre um choro e um suspiro
Proferido quando calo
A voz do canto que admiro
O que há entre o abalo
Do regaço d’onde me retiro
E o leito feito um ralo
Por onde escorro e expiro?
Há sonhos, amores, atalhos
Por onde corro e transpiro
Pelos poros e pêlos grisalhos
Que pela experiência eu adquiro
Agora que enxergo o halo
Dessa luz que daqui miro
Despeço-me num estalo
E minhas pernas aqui estiro
Breve vida
Longo adeus!
Entre um choro e um suspiro
Proferido quando calo
A voz do canto que admiro
O que há entre o abalo
Do regaço d’onde me retiro
E o leito feito um ralo
Por onde escorro e expiro?
Há sonhos, amores, atalhos
Por onde corro e transpiro
Pelos poros e pêlos grisalhos
Que pela experiência eu adquiro
Agora que enxergo o halo
Dessa luz que daqui miro
Despeço-me num estalo
E minhas pernas aqui estiro
Breve vida
Longo adeus!
22 de abril de 2010
INTIMISTA
Mirando-me em você
Enxergo-lhe a si mesma
Com seu brilho laquê
E sua rara beleza.
Por esta parede posso ver
Suas formas em delicadeza
Na nudez após reger
O seu banho de pureza
Vestes lindas só por que
Quer encobrir a natureza
do seu corpo que revê
a alegria em mim acesa
Minha serventia é a cada dia
Mostrar sua realeza
Dessa luz que irradia
Com a aura em leveza
Mas sei, por fim,
Que você se sente presa
Dentro de mim
Pois eu guardo sua riqueza
Identifico-me em ti mesma.
Enxergo-lhe a si mesma
Com seu brilho laquê
E sua rara beleza.
Por esta parede posso ver
Suas formas em delicadeza
Na nudez após reger
O seu banho de pureza
Vestes lindas só por que
Quer encobrir a natureza
do seu corpo que revê
a alegria em mim acesa
Minha serventia é a cada dia
Mostrar sua realeza
Dessa luz que irradia
Com a aura em leveza
Mas sei, por fim,
Que você se sente presa
Dentro de mim
Pois eu guardo sua riqueza
Identifico-me em ti mesma.
19 de abril de 2010
MUSA ELEITA
Tu és flor em pétala
Toque que agrada o dedo
Sete sentidos em pele
Arde o corpo em desejo
Sinto teu cheiro de flor
E o teu sorriso prevejo
Quando te excito ao torpor
depois de te tocar num beijo.
Tu és pele em veludo
Que meu tato veleja
Navega pelo teu suor
Doce de pele de cereja
Tua voz é a sinfonia
Que meu ouvido deseja
Por sete atos apreciar
Num silêncio que corteja
Mas é o teu ar que pressinto
E me atrai com o teu desejo
De ser eu o teu poeta
E de seres a musa que elejo.
Será?
Sim, serás.
Toque que agrada o dedo
Sete sentidos em pele
Arde o corpo em desejo
Sinto teu cheiro de flor
E o teu sorriso prevejo
Quando te excito ao torpor
depois de te tocar num beijo.
Tu és pele em veludo
Que meu tato veleja
Navega pelo teu suor
Doce de pele de cereja
Tua voz é a sinfonia
Que meu ouvido deseja
Por sete atos apreciar
Num silêncio que corteja
Mas é o teu ar que pressinto
E me atrai com o teu desejo
De ser eu o teu poeta
E de seres a musa que elejo.
Será?
Sim, serás.
13 de abril de 2010
SABOREIO
Quero morder-te a flor
De uma carne cálida
Sentir teu denso sabor
Escorrer-me a língua fálica
Quero sorver-te abrasador
Como a luz do novo dia
Envolver-me neste calor
Que teu corpo irradia
Quero teu olhar interior
Revirado por espasmos
No teu corpo um torpor
De múltiplos orgasmos
Quero ser teu beija-flor
Pra bebericar tua seiva
Encharcar-me desse amor
Que meu palato saboreia
Sabor de sonho...
De uma carne cálida
Sentir teu denso sabor
Escorrer-me a língua fálica
Quero sorver-te abrasador
Como a luz do novo dia
Envolver-me neste calor
Que teu corpo irradia
Quero teu olhar interior
Revirado por espasmos
No teu corpo um torpor
De múltiplos orgasmos
Quero ser teu beija-flor
Pra bebericar tua seiva
Encharcar-me desse amor
Que meu palato saboreia
Sabor de sonho...
4 de abril de 2010
SONETO SIMPLINHO
No vasto mundo
Do seu globo ocular
Procuro a fundo
Respostas pra me dar
Um sorriso, um assunto,
Amenidades pra falar
Segredos que ajunto
Do baú do seu olhar
Por onde eu circundo
Exploro seu lugar
Aguardo cada segundo
Pelo momento de encontrar
Minha alma
com a tua
Pelo singelo olhar
Do seu globo ocular
Procuro a fundo
Respostas pra me dar
Um sorriso, um assunto,
Amenidades pra falar
Segredos que ajunto
Do baú do seu olhar
Por onde eu circundo
Exploro seu lugar
Aguardo cada segundo
Pelo momento de encontrar
Minha alma
com a tua
Pelo singelo olhar
2 de abril de 2010
SILÊNCIO NU
O teu silêncio me ofende
Não me deixa dormir
É letra pra quem entende
Essas palavras mudas
Sua voz não transcende
Os seus lábios pra ferir
Meus ouvidos cadentes
Sem sua voz aguda
Mas seu olhar não mente
Escuto seu cílio se abrir
E fechar num repente
Quando o coração não ajuda
Quando o seu alô atende
Ao telefone sem rir
É como um som dormente
Disfarça a indiferença surda
Mesmo falando
Sua mudez me desnuda.
Não me deixa dormir
É letra pra quem entende
Essas palavras mudas
Sua voz não transcende
Os seus lábios pra ferir
Meus ouvidos cadentes
Sem sua voz aguda
Mas seu olhar não mente
Escuto seu cílio se abrir
E fechar num repente
Quando o coração não ajuda
Quando o seu alô atende
Ao telefone sem rir
É como um som dormente
Disfarça a indiferença surda
Mesmo falando
Sua mudez me desnuda.
3 de março de 2010
O OLHAR DO TOQUE
Deslizo com as pontas dos dedos
Na fina camada de suor
Derrapo em curvas sem medo
Sobreposto em sua pele mor
Refresco-me com a doce seiva
Que emana do seu âmago
Lateja essa sua boca meiga
E levo-lhe um frio no estômago
Enxergo seu corpo em braile
Leitura que meu corpo agita
E sei que meu cheiro atrai-lhe
Que o meu toque lhe excita
Visualizo em meu espelho
Algo que não consigo ver
Sei que seu rosto está vermelho
Por sentir meu corpo se acender
Somos a soma sem se olhar
Apenas se sentir.
Na fina camada de suor
Derrapo em curvas sem medo
Sobreposto em sua pele mor
Refresco-me com a doce seiva
Que emana do seu âmago
Lateja essa sua boca meiga
E levo-lhe um frio no estômago
Enxergo seu corpo em braile
Leitura que meu corpo agita
E sei que meu cheiro atrai-lhe
Que o meu toque lhe excita
Visualizo em meu espelho
Algo que não consigo ver
Sei que seu rosto está vermelho
Por sentir meu corpo se acender
Somos a soma sem se olhar
Apenas se sentir.
16 de fevereiro de 2010
CREPÚSCULO E NASCENTE
Tudo acaba de repente
Ainda que gradualmente
Tudo um dia acaba
Como casa que desaba
Sobre a cabeça da gente
Ainda que surpreendente
Seja no início da saga
Que o fim um dia apaga
E de tudo fica um pouco
Ainda que só a semente
De um início que recomeça
Nesse ciclo que nunca cessa
Até chegar ao fim novamente...
Ainda que gradualmente
Tudo um dia acaba
Como casa que desaba
Sobre a cabeça da gente
Ainda que surpreendente
Seja no início da saga
Que o fim um dia apaga
E de tudo fica um pouco
Ainda que só a semente
De um início que recomeça
Nesse ciclo que nunca cessa
Até chegar ao fim novamente...
8 de fevereiro de 2010
PLATONISMO
Teu olhar imantado
Me atrai encantado
Magnetismo visível.
Você do meu lado
Mesmo tão longe
É um sonho possível
Mas tenho cuidado
Com o sonho que sonho
Ainda que irresistível
Seja esse olhar alado
Voando pra mim
Numa viagem incrível
Te quero neste sábado
Não, não digas nada
Apronte-se para o inesquecível
Me atrai encantado
Magnetismo visível.
Você do meu lado
Mesmo tão longe
É um sonho possível
Mas tenho cuidado
Com o sonho que sonho
Ainda que irresistível
Seja esse olhar alado
Voando pra mim
Numa viagem incrível
Te quero neste sábado
Não, não digas nada
Apronte-se para o inesquecível
27 de janeiro de 2010
ESCALENO
O terceiro vértice
A segunda chance
À primeira vista
Ela não merece
Que eu alcance
E ainda insista
Nisso que padece
Como um romance
Um tanto pessimista
O terceiro vértice
A segunda chance
À primeira vista
Algo que apetece
Boca num relance
Seu gosto egoísta
Isso agora cresce
paz enfim se lance
Antes que desista
Desta dupla prece
Coração que descanse
Novo horizonte avista
A antigeometria
A segunda chance
À primeira vista
Ela não merece
Que eu alcance
E ainda insista
Nisso que padece
Como um romance
Um tanto pessimista
O terceiro vértice
A segunda chance
À primeira vista
Algo que apetece
Boca num relance
Seu gosto egoísta
Isso agora cresce
paz enfim se lance
Antes que desista
Desta dupla prece
Coração que descanse
Novo horizonte avista
A antigeometria
25 de janeiro de 2010
DESMUNDO
Todo amor desafia o mundo
Ainda que profundo
Seja o desejo do mesmo amor
Construir seu universo
O amor jura suas garras
Derrota dragões num segundo
Liberta todas as amarras
Ergue castelos com versos
Todo amor é segredo, é sagrado
É o filho desgarrado
Que volta sem beijo, sem sorriso
Pelo mar ainda submerso
O amor é amar o mar
É o conceder sem dar
O receber de bom grado
Mesmo que seja o seu inverso
É tudo o que preciso
Pra preencher o precipício
Da alma vivida sem ti
Ainda que controverso
Eu amo o amor
Ainda que profundo
Seja o desejo do mesmo amor
Construir seu universo
O amor jura suas garras
Derrota dragões num segundo
Liberta todas as amarras
Ergue castelos com versos
Todo amor é segredo, é sagrado
É o filho desgarrado
Que volta sem beijo, sem sorriso
Pelo mar ainda submerso
O amor é amar o mar
É o conceder sem dar
O receber de bom grado
Mesmo que seja o seu inverso
É tudo o que preciso
Pra preencher o precipício
Da alma vivida sem ti
Ainda que controverso
Eu amo o amor
21 de janeiro de 2010
INSOLÊNCIA
Um sorriso patético
Surgiu amarelo
Nos lábios meus.
Situação hipotética
Por fim descartada
Pelos olhos teus
A mais perfeita tática
Subindo a calçada
Para um breve adeus
Foi o fim.
Melhor assim.
Foi um erro.
Meu pesadelo
Acordei em plena noite
E fugi desse novelo
A maneira exótica
De se sentir amada
Por um amor que morreu
Garota tão sádica
Flagela meus olhos
Trazendo-me o breu
Sumiu como mágica
Levando consigo
O que nem era seu
Foi o fim.
Melhor assim.
Foi um erro.
Meu pesadelo
Acordei em plena noite
E fugi desse novelo
Surgiu amarelo
Nos lábios meus.
Situação hipotética
Por fim descartada
Pelos olhos teus
A mais perfeita tática
Subindo a calçada
Para um breve adeus
Foi o fim.
Melhor assim.
Foi um erro.
Meu pesadelo
Acordei em plena noite
E fugi desse novelo
A maneira exótica
De se sentir amada
Por um amor que morreu
Garota tão sádica
Flagela meus olhos
Trazendo-me o breu
Sumiu como mágica
Levando consigo
O que nem era seu
Foi o fim.
Melhor assim.
Foi um erro.
Meu pesadelo
Acordei em plena noite
E fugi desse novelo
20 de janeiro de 2010
ENTRECÍLIOS
Esse olhar que fuzila
a pele de mormaço
rarefeita e tranquila
desperta num estardalhaço
Esse olhar que cintila
cometa pelo espaço
e meu olho assimila
mas só enxerga o pedaço
Desse olhar que desfila
Passarelas passo a passo
Por um momento vacila
E o descaminho perfaço
Que o calor da tua pupila
desperte o desembaraço
Desse peito que oscila
Entre o teu e o descompasso
Penetras minh’alma.
a pele de mormaço
rarefeita e tranquila
desperta num estardalhaço
Esse olhar que cintila
cometa pelo espaço
e meu olho assimila
mas só enxerga o pedaço
Desse olhar que desfila
Passarelas passo a passo
Por um momento vacila
E o descaminho perfaço
Que o calor da tua pupila
desperte o desembaraço
Desse peito que oscila
Entre o teu e o descompasso
Penetras minh’alma.
13 de janeiro de 2010
Primeira do Plural do Pretérito Perfeito
Eu fui buscar
Tu pra minha vida
Ele demorou a olhar
Nós fugindo pela saída
Vós descíeis sem parar
Eles atrás na corrida
Eu parei pra beijar
Tu na boca ferida
Ele roubou-te o ar
Nós saltamos na avenida
Vós víeis do quinto andar
Eles te viram caída
Eu quis te agarrar
Tu para a sobrevida
Ele empurrou para acabar
Com o Nós...
Vós sem Substantivo
Voz sem adjetivo
Vogal sem consoante
Amor sem amante.
[Papel em branco]
Tu pra minha vida
Ele demorou a olhar
Nós fugindo pela saída
Vós descíeis sem parar
Eles atrás na corrida
Eu parei pra beijar
Tu na boca ferida
Ele roubou-te o ar
Nós saltamos na avenida
Vós víeis do quinto andar
Eles te viram caída
Eu quis te agarrar
Tu para a sobrevida
Ele empurrou para acabar
Com o Nós...
Vós sem Substantivo
Voz sem adjetivo
Vogal sem consoante
Amor sem amante.
[Papel em branco]
6 de janeiro de 2010
VIDAS FUTURAS
Pode não ser desta vez
Mas vamos nos amar
Amarrados nesse mar
De pura insensatez
Agora não és minha
Outro corpo te abraça
És feliz que assim se faça
Que outra mão te advinha
Por mais que ele te fira
É dele o teu desejo
Aceitas o teu cortejo
Por ele tu transpiras
Mas ainda serás minha
Nem que seja em vidas futuras
Numa outra desventura
Noutro corpo que se avizinha
Do teu futuro amor
Mas vamos nos amar
Amarrados nesse mar
De pura insensatez
Agora não és minha
Outro corpo te abraça
És feliz que assim se faça
Que outra mão te advinha
Por mais que ele te fira
É dele o teu desejo
Aceitas o teu cortejo
Por ele tu transpiras
Mas ainda serás minha
Nem que seja em vidas futuras
Numa outra desventura
Noutro corpo que se avizinha
Do teu futuro amor
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