5 de setembro de 2006

Lóbulos das Orelhas

Os cinzas das manhãs são irreais
Não tenho mais o penar de sair da alcova
Nesses frios trópicos.

Com a incerteza de te ver
Fico olho alerta
Nas cadeiras tenho a ti
ou em pé a balançar
Trajando seu singelo All Star

Cada sol de cada dia é menos intenso
Sem a alvura dessa pele, tudo fica sépia.
Não preciso mais morrer de dormir
Os olhos se abrem viçosos.

Que esse tépido banho de ilógico
Me avise a todo momento sobre
a sua liberdade, para que então,
com efeito, possa envolver-te com meus braços
e jazer meus olhos sobre os teus.

Espero também, mais e mais palavras
Que o vento venha beijar na minha orelha
Sublime e me suba o calafrio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário