9 de setembro de 2006

LÚCIA

Luz não só conduz
como elucida o luzir do anoitecer
de pele veludo
mãos adormecidas sob minha cabeça

Véu de doce azul no manto
tens a aura de um santo
sopro anil dos novos dias
nessa vida que se fez amar

És mãe, és mão,
sublime doce e tenra
desde priscos alicerces
envolocro de placenta

Quero ver-te para sempre
no teu sorriso gengivico
largo e belo
Como o doce e sincero
amor de mãe.

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